Falamos anteriormente sobre “o que são riscos excluídos na apólice de seguros” e chegaram até a corretora alguns questionamentos, então, hoje vamos falar sobre alguns tópicos importantes dentro de uma avaliação e prevenção de risco, levando em consideração alguns motivos reais de recusa e o que podemos fazer para minimizar os prejuízos para facilitar a aprovação junto a seguradora.

Primeiramente, é muito errado pensarmos que apenas obtendo a AVCB (Avaliação do Corpo de Bombeiro) está tudo certo com o risco da empresa. O Corpo de Bombeiro tem como prioridade salvar vidas e como objetivo secundário, salvar o patrimônio.

Realizar uma avaliação de riscos é algo importantíssimo para as empresas, pois com base nela é possível realizar um plano de gerenciamento de risco e consequentemente a construção de uma apólice de seguros personalizada e apropriada para cobrir as necessidades do seu negócio, da sua empresa, da sua indústria etc.
Sabe aquelas recomendações que as seguradoras fazem que requerem investimento, como por exemplo, aumentar a capacidade de reserva de água, trocar a bomba de hidrante, instalar uma bomba a diesel para suprir em caso de queda de energia, entre outras?

As seguradoras recomendam isso, mas é para proteger o patrimônio do risco que ela está assumindo, pois, a contratação de uma apólice de seguro empresarial transfere o seu risco para a seguradora, ela na verdade está comprando o seu risco.

Nosso especialista coloca aqui, quais as medidas de prevenção de riscos que as empresas podem adotar.

Norton, explica: “A prevenção é importante sempre e em todos os sentidos.

Para caso de incêndio por exemplo, seria a instalação de hidrantes, sprinklers, extintores, para evitar a propagação do foco de incêndio.

A seguradora também pode solicitar melhorias no layout da empresa, para separar a matéria prima dos produtos prontos, manter os produtos e a matéria prima afastados de pontos elétricos e conduítes. É importante que esses produtos sejam bem acomodados, de acordo com o que o bombeiro solicita.

Ter brigada de incêndio ajuda bastante, enfim, são melhorias que a empresa providência não somente para reduzir o custo do seguro, mas para evitar prejuízos.
O seguro não vem para dar lucro para a empresa e sim para diminuir o prejuízo em caso de acidentes.

Um exemplo: Caso aconteça algum acidente, é natural que a empresa precise ficar algum tempo fechada para as reformas e limpeza, com isso, os funcionários ficarão sem trabalhar, gerando um prejuízo para a empresa. Neste caso o seguro serve para minimizar os prejuízos causados.

Você compraria uma casa sabendo que existe um risco grande de ter canos rompidos, com vazamentos, comprometendo assim toda a parte estrutural dela?

A resposta é NÃO, e é o mesmo que as seguradoras pensam para determinados riscos. As seguradoras aceitam assumir os riscos desde que se tenha a proteção adequada. Existem riscos inclusive, que pousas seguradoras aceitam correr, e com isso, muitos clientes ficam reféns dessas seguradoras e nesse caso, não há o que fazer.

É muito importante a empresa passar por uma avaliação patrimonial de tempos em tempos para fazer uma atualização nos valores.  Abaixo um exemplo que acontece com frequência aqui na corretora:
As empresas costumam fazer o seguro e esquecem a apólice na gaveta. A empresa continua com sua vida normal e normalmente cresce, seja pelo aumento de faturamento, aumento do número de funcionários, número de veículos, maquinários etc., porém, ninguém lembra de atualizar os valores referentes à equipamentos, veículos, bens etc. na apólice ao longo do período. Aí, quando precisam acionar o seguro, descobrem que o valor está bem abaixo do que foi afetado. Por fim, a seguradora precisa acionar a Cláusula de rateio, tendo que dividir o prejuízo referente aos excedentes. Isto é, segurado paga uma parte, seguradora paga outra parte dos prejuízos.

Os gestores das empresas precisam estar bem alinhados com os seus corretores de seguro e analisar todos os riscos, pois, um sinistro pode colocar todo planejamento de crescimento de uma empresa a perder. É primordial fazer o enquadramento correto para aprovação do seguro buscando minimizar os prejuízos.

Adotar medidas de prevenção de riscos é de extrema importância para as empresas. Quem opta pela prevenção, além de aumentar a segurança, consegue obter descontos nos prêmios dos seguros e o mais importante, evita colocar em risco o seu negócio e a vida de seus funcionários.

A maioria das apólices empresariais que chegam até a corretora, estão mal dimensionadas com coberturas sem sentido, com limites baixos demais e com valores em risco sem saber o real motivo. Por isso, a importância de entender a necessidade e personalizar uma apólice de seguros empresarial de forma única. Nós aqui na Ozônio Corretora de Seguros, analisamos caso a caso e personalizamos para o seu tipo de negócio.

A maior dúvida que chega até a corretora é em relação aos motivos que as seguradoras recusam um seguro empresarial, porém, são diversos os motivos, mas, os principais são os riscos ruins (como chamamos), por exemplo:

•  Poucos preventivos;
•  Índice de insalubridade muito alta;
•  Pessoal não qualificado para trabalhar;
•  Sem brigada de incêndio;
•  Localização, CEP do risco (ter mais incidência de ciclones, tornados etc.);
•  Tipo de construção (por exemplo, muita área aberta etc.).

Não existe uma regra para aceitação do seguro, tudo é avaliado caso a caso. Levando em consideração o L.O.C (Localização, Ocupação e Construção), por exemplo em Santa Catarina, temos um índice elevado de situações de ventos fortes, bem maior que em outras regiões. Isso não dá a certeza da recusa do seguro, mas pode ser um agravo.

O Seguro Empresarial é coisa séria e deve ser tratado como algo primordial. Você não pode descobrir na hora do sinistro, que sua apólice não está bem equiparada com valores em riscos, coberturas e limites corretos.

Isso é o que acontece na maioria dos casos, sempre ouvimos o “eu não sabia”. 
Todas as apólices possuem riscos excluídos, basta negociá-los.”

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